quarta-feira, 19 de setembro de 2012
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
MEU ESTIMADO SAMURAI
1954. O Japão, ainda sob cruel devastação
provocada pela derrota na 2ª Guerra Mundial, espelhada na dupla hecatombe
atômica de Hiroshima e Nagasaki, reconstrói-se e assinala o soerguimento que o
transformaria, em poucas décadas, numa das principais potências econômicas
planetárias. Naquele ano distante, a história da sétima arte registraria o
lançamento de um clássico incontestável: Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa.
Além de Kurosawa na direção, o filme
projetaria ao estrelato cinematográfico mundial os atores Takashi Kimura e
Toshiro Mifume. Do enredo, de temática
retroativa ao século XVI numa aldeia de lavradores do período Sengoku, avultam
simbolismos que extrapolam fronteiras de tempo e lugar, expondo universalidade
de sentimentos inerentes à condição humana: idealismo, liderança, medo, fé,
paixão, ódio, aceitação, bravura, solidariedade, tradição, rejeição,
perspicácia, resignação e morte.
Exaustos da costumeira rapinagem de suas
propriedades, familiares e produção agrícola, os aldeões decidem recorrer à
intermediação do samurai aposentado Kambei, para contratar guerreiros que os
protejam dos malfeitores armados. Após árduo trabalho de recrutamento, incluindo
cooptação de combatentes desacreditados, os ronins, e treinamento de neófitos
voluntários, consegue ele arregimentar seis companheiros, os quais lutarão sob
seu comando e adestrarão os camponeses nos previsíveis enfrentamentos contra os
salteadores, que não tardam a acontecer. No emprego judicioso da surpresa,
aliado à criatividade guerrilheira, os samurais exterminam a bandidagem, deles
restando apenas três ao final das refr egas, inclusive o mencionado Kambei.
Kurosawa, admirável construtor de tipos
psicológicos, potencializa a expressão de múltiplos arquétipos no decorrer da
trama, a partir da milenar pujança cultural japonesa, permeada por referências
implícitas à capacidade de autodefesa e reconstrução nacionais diante de
saqueadores e invasores históricos, até nuances comportamentais singelas.
Autêntico compêndio psicossocial, o filme tem no personagem magistralmente
interpretado por Takashi Kimura o elo condutor de uma narrativa que culmina numa
reflexão do velho samurai, a traduzir o seu significado mais eloquente, logo
após a retumbante vitória dos sete guerreiros medievais sobre o bando de
aproximados quarenta meliantes.
Kambei, inteligente e sensível, malgrado a
irretocável missão finalizada chora as mortes dos seus, quando conjectura ser a
conquista exclusiva dos lavradores: ao refletir, considera tanto bandidos quanto
samurais perdedores, pois a violência, a serviço do Bem ou do Mal, veicularia
vírus de irrazoabilidade congênita contrário à celebração de vida e paz
explicitada no trabalho edificante dos habitantes da aldeia, na semeadura
produtiva da lavoura de arroz. Semana passada, ao rever a magnífica obra do
extraordinário cineasta melhor percebi o viés interpretativo de Kambei e pus-me
também a refletir sobre o refinamento da sensibilidade, que há tempos perscruto
em modernos samurais conhecidos.
A maturidade, antessala crepuscular da
senectude existencial de parte da Humanidade, geralmente suaviza condutas e
enternece corações supostamente empedernidos, mutação comportamental bem notória
na ambiência militar, cujas rigorosas demandas institucionais não raro conduzem
a posturas sisudas e ao cultivo de personas rígidas e inflexíveis. Compreende-se
não ser alentador à imperativa consecução dos tradicionais OII dos PP
conduzir-se a instrução, em qualquer nível, de maneira trêfega, escrachada ou
envolta em delicadezas estranhas ao manu militari, centrado em atividades de
risco, na superação de vicissitudes, no sacrifício próprio, no fortalecimento do
corpo e da mente; igual validade se aplica ao cotidiano, no exercício das
atribuições hierárquicas e funcionais. A mística do Ferro e Aço, Fogo e Balaço,
lema genial consagrado pelo excelso guru Ivus Salvanyus mostra-se inadequada a
rostinhos angelicais, vozes sussurrantes e personalidades cambiantes.
Entretanto companheiros há que exacerbam no
culto às respectivas personas profissionais, tornando-se quase caricaturais.
Encarnam carrancas medonhas plasmadas pela obssessiva seriedade artificial,
assumem expressões faciais enfadonhas das quais permanecem reféns,
personificando os chamados “narizes cheiradores de ratos”, municiadores
involuntários de tipos cômicos aos alegres shows do recalque das escolas
militares, exalando autossuficiência mórbida capaz de emparedá-los no domínio do
ridiculamente antipático. Todavia, mesmo a esses xiitas da imagem postiça a
moderação das veneráveis cãs reserva o beneplácito da salvação, o que venho
testemunhando satisfeito.
Simpáticos, agradáveis e acessíveis, ora vejo
ex-comandantes carrancudos, ex-instrutores intragáveis, ex-companheiros
trombudos, ex-subordinados insuportáveis transmigrados em perfeitos gentlemen
aristocráticos da velha Albion, sem dúvida graças aos efeitos mágicos de varinha
de condão da maturidade redentora e ao distanciamento compulsório dos quartéis.
Redescobrem o valor de emoções pueris como o mais simples dos mortais, riem com
naturalidade, curtem a despreocupação afetuosa dos pequenos grandes momentos,
lacrimejam das pieguices noveleiras, até mesmo dos golaços e furadas bisonhas
dos times de coração. Bregas ou não, voltam a ser gente como a gente. Gentileza
ainda que tardia, parece ser o brado retumbante dos que reconquistaram a
identidade própria, sem receio de censuras vãs ou patrulhamentos descabidos.
Ótimo!!!
Há, no entanto, samurais na melhor acepção
da palavra que sempre perfilharam a cordialidade na conduta pessoal. Sem
arroubos, elegantes, discretos, desprovidos de marketing e propaganda, talvez
assim explicada a solidez de suas reputações individuais, porquanto abrigadas
sob o manto indestrutível da sinceridade
espontânea. Conheço muitos, aos quais
aqui rendo homenagem devida na figura de eminente confrade da Turma, do qual as
circunstâncias mundanas pouco nos aproximaram em mais de quatro
décadas.
Jamais fomos companheiros de pelotão, ou de
companhia, no Curso Básico da AMAN; escolhemos Armas distintas, nunca servimos
próximos, nem compartilhamos outros bancos escolares durante nossas carreiras.
Apesar de tudo nos separar, externo convicto meu elevado apreço ao inspirador
deste texto, fruto de percepções sutis a esta altura do campeonato cristalinas,
amparadas em indícios consolidados pela perspectiva temporal. Se Deus está nos detalhes, segundo reza o
credo minimalista, a justa apreciação da subjetividade alheia deriva de gestos
quase imperceptíveis, na fina captação de atitudes distraídas que desnudam a
alma exposta, indefesa e verdadeira de quem se observa.
Bem amigos, do samurai de gentileza afiada
desde a juventude citarei apenas dois episódios definitivos. O primeiro, ainda
cadete, quase aspirante, está ao alcance da Turma na Revista Agulhas Negras de
1972, no sopé da página terminal da Artilharia. Lá, num preito de profunda
emoção, eternizou necrológio ao saudoso Galdino, companheiro dileto que tão cedo
se foi, bruscamente apartado da vida. O teor, que me abstenho de reproduzir por
considerá-lo inseparável do contexto memorial-afetivo da RAN, retrata a rica
sensibilidade do redator na lembrança sentida do amigo desaparecido, do qual -
Choramos saudades
suas... - nas palavras iniciais da
bela homenagem póstuma.
Noutro gesto público, já no alvorecer deste
2012, inspirou-me a perpetrar a Visão de
Brasília, poemeto sofrível porém honesto, onde o enalteço e ao Ribas, os dois
mantendo bem elevado o astral da Nação72 na Capital Federal à época do
inesquecível Encontro sobre as Ondas. Se
dúvida persistia, enfim desvendo o segredo da identidade do nosso
personagem.
O Arakaki,
o gentil e guerreiro Arakaki é o meu estimado samurai, representante
acabado dessa espontaneidade d’alma que a tantos assoma na Turma e nele encontra
perfeita tradução. Tal qual o Kambei de Kurosaswa, no antológico Os Sete
Samurais, a ele reverencio pela cordialidade desinteressada, amizade sincera e
sabedoria proverbial transparentes nos
detalhes divinais do seu comportamento exemplar.
Rio, 11 de
setembro de 2012
Cad Cav
1039/72, Nilo.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
O ALTEREGO
MANUAL DE
APOIO
(ANTEPROJETO)
CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES
Cada indivíduo, mesmo o alienado de
carteirinha GIR/IFP, dispõe de uma
personalidade step, o chamado Alterego, ao qual o caráter autônomo autoriza
transitar com igual escantilhão comportamental do Ego, sem
restrição.
Pesquisada a crescente valorização do
fenômeno alterego (alter) no século XXI, particularmente na Turma72, restou
patente o imperativo inadiável de serem popularizados aspectos e noções de
convivência envolvendo as diferentes instâncias psicológicas (psi), intra e
interpessoais da afamada tribo castrense. Eis a destinação prioritária deste
Anteprojeto de Manual.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
EGO – Instância notória da personalidade, responsável direta
pelo comportamento humano, a parte explícita do Ser perante os semelhantes e
si próprio. Sinônimo: Eu.
ALTEREGO – Ego alternativo, ou
ego step, sempre ao nosso lado e ao
inteiro dispor, apesar de oculto e
frequentemente ignorado pela maioria dos mortais. De visceral importância ao
primado da sinceridade, é incorpóreo. Sinônimo: Outro Eu.
CONFLITO DO EGO –
Disfunção caracterizada pela indistinção do verdadeiro Ego. Muito observado em
soldados-bacharéis, ou bacharéis-soldados, via de regra indecisos perante a
prevalência do pólo de dualidade profissional
a ser manifesto.
CONSISTÊNCIA DO EGO – Expressa a
estabilidade temporal das convicções pessoais. Ilustrada pelos que jamais
trocaram de time, e sobretudo de mulher
do coração. Jamais confundir com cabeça-durismo ou teimosia, corolários
reprováveis.
EGÓLATRA – Partidário, cultor habitual da egolatria.
EGOLATRIA – Adoração excessiva
do ego, autossuficiência patológica e insuportável, também conhecida como Síndrome do Eu me Acho.
Geralmente atinge jovens FEs, recém aprovados na ECEME, integrantes dos QAM nos
estágios superiores da carreira, bacharéis-soldados e consultores em
amenidades.
EGOTRIP – Viagem
prazerosa pelos desvãos do inconsciente, expressa na verbalização de sonhos
adormecidos. Popularizada pelos antigos ripongas psicodélicos do Flower Power, viceja nas
tardes oníricas do CMPV, onde rapazes eufóricos proclamam sem culpa e sem medo
fantasiosas menções MB, saltos aeroterrestres fantásticos e prêmios de
melhor cavaleiro acadêmico.
EGOTRIPPER – Viajante de
egotrip, quando abrigado sob o portal mágico da Praia Vermelha. Embusteiro,
megalômano ou mentiroso, quando fora dali. Sinônimo: Sonhador.
LOGORRÉIA –
Compulsão discursiva para proferir incontrolável torrente de abobrinhas.
Exclusiva no formato oral, tem no Boca o seu czar, embora possa contagiar
alteregos insuspeitos. Mais aguda, duradoura e patológica, porém menos
abrangente que o bostejo, verbal ou escrito.
PERSONA – Raiz psi
da imagem, individual ou institucional. Ao contrário do que muitos pensam, não
foi invenção do mago Hitchcock. Objeto supremo da faina marqueteira, nos tempos
modernos adquiriu valor místico para socialites, celebridades BBB, mercado
empresarial, políticos, mensaleiros, impostores, peladeiros, fauna artística e
afins.
RADICAL DA
OBJETIVIDADE – Incapaz congênito para perceber a diversidade enriquecedora da
condição humana. Xiita inflexível da razão pura, abomina filósofos, pensadores,
poetas, digressores, logorréicos e bostejadores. Original Idiota da
Objetividade, na etimologia nelsonrodriguiana, a presente expressão light visa a facilitar-lhe a compreensão devida de
suas percepções restritivamente obscuras.
SUPEREGO – Instância psi
controladora das pulsões primárias, ou instintos. Exerce papel crucial na
pasteurização das atuais relações sociais, via a hipocrisia do politicamente
correto. Evita Dom Obá III invocar entidades afro-tribais furibundas quando
fustigado, ou confrade empolgado, distraído e overjoyed oscular a boca do Boca
numa sexta-feira festiva. Sinônimo: Supereu.
DEVERES E
DIREITOS DO ALTEREGO
I.
São
deveres do Alterego:
a. Apreender com
maestria as preferências, características, idiossincrasias, espúrias e taras
diversas inclusas, desejos inconfessos, broncas pessoais, traumas de infância,
culpas, atos heróicos e hediondos, idolatrias, paixões esportivas, planos
vingativos, inquietações, fantasias romântico-sexuais, senhas de acesso à conta
bancária sigilosa e poupança, agenda telefônica, mapa astral, romances,
frustrações pendentes de solução, safadezas dissimuladas, gostos culinários,
maquinações sin istróides em gerale demais minudências do Ego.
b. Respeitar a intimidade e os sentimentos do Eu. Sempre
ter em mente representar aquilo que ele, tolhido pelo Supereu castrador, jamais
divulgaria ao mundo, receoso de admoestações, sanções e reprimendas severas.
c. Proteger o Ego de retaliações,
vinganças, mandingas, processos, emboscadas, ações judiciais e correlatas,
valendo-se da imunidade opinativa advinda da inimputabilidade legal de sua
conduta.
d. Conhecer e reverberar com
franqueza alarmante, sendo inimputável, os xingamentos, solapas,
desabafos solertes e a vastidão de possíveis delitos de opinião do Ego, capazes
de conduzi-lo às barras dos tribunais.
e. Burlar com engenho e arte o
ofício do Superego, impedindo-o de controlar o Eu em suas manifestações mais
autênticas.
f. Cooperar para
elevar a autoestima e o prestígio social do Ego, manifestando-se com propriedade
e correção em público, notadamente nas ocasiões em que pressentir iminente
derrapada do preceptor.
II. São direitos do Outro Eu:
a. Expressar-se sem autorização do
Eu, sem falsa modéstia e na plenitude de suas aptidões
irreconhecidas.
b. Falar, escrever e realizar tudo
que o Eu gostaria de assumir e refuga.
c. Ser existencialmente
incorreto.
d. Azucrinar a cabeça do
Superego.
e. Inimputabilidade ampla, geral e
irrestrita, não podendo ser alcançado, o Ego menos ainda, pela mão implacável da
Justiça, inclusive a do Juízo Final.
f. Imaterialidade existencial, que
associada à inimputabilidade o isenta da morbidez de tocaias insanas.
g. Triplex na orla de Ipanema,
mansão em Búzios, flat no West Upper Side, apê na Rive Gauche, bangalô no Turano
e cafofo no Alto Babilônia.
h. Discografia completa de Wilson
Batista, Mário Reis, Orlando Silva, Djalma Ferreira, Luiz Antônio, Billie, Ella,
Sarah, Bird, Cole Porter, Gershwin, Sinatra, Miles Davis, Chet Baker, Bossa
Nova, Sambalanço, Nelson Cavaquinho, Tom, Noel e Pixinguinha.
i. Filmografia completa de
Carlitos, Hollywood anos 30 a 50 e a
Nouvelle Vague inteira.
j. Tocar sax na Orquestra Tabajara,
aprovação no draft da NBA, presidir o Gigante da Colina.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS
O Alter, antes de tudo, é um forte. Saiu do
armário sob incentivo do Dr Sig Freud, neuropsiquiatra terceirizado do SUS
durante décadas morador na animada cabeça de porco da Rua Berggasse 19, próxima aos Arcos da Lapa,
e de lá botou o pé no mundo. Teve de suas manifestações mais extravagantes na
figura alternativa de Madame Satã, metade do ano feroz operário MMA, metade seguinte fervoroso entubador de palmeiras do Mangue.
Dr Jekyll e Mr Hyde, Dorian Gray e Brás
Cubas, alteregos de selecionadas safras literárias universais, exprimem à perfeição a dualidade intrínseca
aos seres humanos, provocadora de sobressaltos aterradores na lógica perceptiva
das afetividades vizinhas. Basta
observar a conduta alternante senoidal de estimados confrades a se comprovar a
tese do Outro Eu Absoluto. Aqui, simultâneos, guerreiros e poetas; ali,
combatentes e profetas; acolá, confessores e predadores; adiante, cientistas e
piadistas, num oceano de paradoxos individuais a confundir mais do que
esclarecer a vã psicologia claudicante.
No seio, perdão, da veneranda Turma, Bac do
Milênio e Bac do São Jorge espelham a extraordinária antítese médico e monstro das profundezas da natureza
humana. Enquanto o primeiro seduz pelas análises sóbrias, elegantes e
pertinentes, embora o ranço tricolor, o segundo, após brevíssima aparição
desastrada, recolhe- se a silêncio sepulcral, consequente de fanfarronices
exacerbadas diametralmente opostas à aparente sensatez de Bac do Milênio. Arataquinha, pqd ex- atleta, Barão Vargem
Grande eminente poeta; Boca, falador,
Ismael ouvidor; Barcellos, às da Infantaria, Boita, perú de Cavalaria; Salvany
vibrador, Dame rran pensador; Cléo, vate pé-sujo, Saint-Clair homem culto; Ivan,
framenguista, Dom Coco, multiartista; Dr Peres, bacharel, Peres Cobra, skynalha
do céu, são retratos aleatórios da infindável gama de inenarráveis clássicos
psis, Egos vs Alteregos.
CONSIDERAÇÕES
CONCLUSIVAS
Além de fortes, os Alteregos são
conceitualmente irresponsáveis, imprevisíveis, brincalhões e descompromissados
com a realidade lógico-factual. Por definição incorpóreos e inimputáveis, têm
licença para navegar no domínio da pura metafísica, sem de todo desvencilhar-se
das garras do Supereu, que os marca homem a homem. Ariscos, dribladores e
provocativos, ocupam faixa intermediária de conduta, localizada entre as
porralouquices épico-vanguardistas de um certo Capitão Garance e a rigidez
perceptiva dos Radicais da Objetividade.
Egos, de per si, podem gerar número
indeterminado de Alteregos, mandando o bom senso limitá-los a três, conforme
relatórios de pesquisas validadas. Exemplifique-se o Ego Dom B, que ao cadastrar
o quarto Outro Eu, o nefando Bac do São Jorge, teve o desprazer de vir a público
amenizar lambança virtual do replicante excedente. Reza a popular sabedoria
minimalista que o Alter é igual mulher: less is more, i.e, se um (a) já dá
trabalho, imagine dois (duas), ou mais.
Este anteprojeto de manual, minutos de
sensaboria, bula, estatuto, script besteirol ou livreto burlesco, submete-se a
elogios, espontâneos e comerciais, críticas, correções, supressões, adições,
menosprezos, apagões e deleções, parciais ou completas. Na verdade, só pretende
sustentar que o Alter, Phd na onda do
vaivém, também é um rapaz de bem...
Rio, 06 de
setembro de 2012
Dom Obá III,
resignado, realizado e risonho com a
vidinha de Alterego profissional.
domingo, 2 de setembro de 2012
A BÚSSOLA E AS COMEMORAÇÕES DOS 40 ANOS DE AMAN.

Simões Junior
sábado, 1 de setembro de 2012
SALVE TOMÁS COELHO, OS CM E AS FFAA - Angelo
Amigos, dias atrás recebi,
nascido ungido na verve escorreita e sagaz do Dom Obá III, o texto
abaixo, guardei-o e eis-me aqui aproveitando-o.
Tece
Dom Obá III loas aos CM e às FA ante o resultado do ENEM/2012, nós já
sabemos que a Centenária casa de Thomaz Coelho e suas irmãs, ela mesma
nascida em "um clima de declarada desconfiança, antipatia e animosidade
que lavrava entre a oficialidade militar de terra, o governo civil e a
classe política" (extraí do site do CMRJ: http://www.cmrj.ensino. eb.br/, em Concretização de um Sonho, Histórico),
como de resto todas as outras escolas militares, respeita o seu aluno
e, acima de tudo, sabe o que ele significa para a Nação por isso não
tergiversa na busca da perfeição do ensino em seu ambiente, nós já o
sabemos e o povo também, mas há quem não o quer e avança na tentativa de
denegrir.
Passeia Dom Obá em seu
texto e ao final, lá estão, indicados na forma moderna de comunicar, não
mais cartas, telegramas ou bilhetes, dois links que nos levam a um
telejornal nacional; é necessário ver os dois, especialmente aquele em
que o ex-aluno Rodrigo Pimentel procura mostrar as razões do sucesso do modelo de sua antiga Escola,
sem conseguir disfarçar a surpresa diante do ataque vilipendioso do
suposto jornalista (travestido ali talvez em pedagogo frustrado ou
renegando sua infância em que certamente lhe foi exigido disciplina,
ordem e respeito dentro da escola e no cumprimento de suas tarefas).
Sabemos todos que o tempo nesses telejornais é medido por segundos, mas a
jornalista Renata (ela, acho, também surpresa) ao falar procurou trazer
o tema para o sucesso expresso na evidência simples do resultado mais
que positivo; tentou reduzir o dano da intervenção agressiva de quem,
como diriam nossos avós, estava "misturando alhos com bugalhos".
Mas qual o motivo destas
minhas palavras? Segue. Hoje à tarde, sabedor de que mais alunos de
Colégios Militares estariam no "Soletrando" dediquei-me a assistir e,
novamente, mais um finalista é aluno de CM: agora os três o são (e só
poderiam ser três), o de Porto Alegre, o de Recife e o de Salvador.
Ora, o que dizer agora se é assim há mais de cem anos. Diante
disto questionei-me: será que as associações de ex-alunos dos Colégios
Militares, elas entidades civis que congregam milhares de civis
presentes nas mais diversos segmentos de nossa sociedade, perguntaram ao
âncora do telejornal o que lhe motivou o ataque furioso contra todos
aqueles que um dia estudaram nos CM que, na visão dele, hoje são
resultado de um modelo pedagógico ineficaz ou equivocado não
interessando o sucesso que tenham alcançado. Talvez lhe perguntaram se
teria servido de motivação a frustração? a desinformação? a inveja? a escuridão da ideologia?
Talvez o silêncio delas venha de tudo o que lhes foi ensinado, nada melhor do que mostrar-lhes o nosso resultado.
É
isto amigos, assim seguimos nós, os militares e os que um dia formaram
entre nós ou em nossas escolas, nosso resultado: nós o mostramos para a
Nação.
Abraços, Angelo, EsPCEx - 66/68
PS: quem não viu, veja no link - importante ver os dois.
Assinar:
Postagens (Atom)