terça-feira, 30 de outubro de 2012

História de Vida - Onde Deus me quer...



Bom dia, parentes e amigos.

Cada um deve ter uma historia semelhante.
Coincidência?
Há cerca de 15 anos atrás estava levando meu filho Danilo para Campinas quando ele era da EsPCEx no carro vermelho VW que minha mãe e meus irmãos tinham me dado comprando-o do meu irmão Claudio.
Foi o meu primeiro carro com ar condicionado e direção hidráulica, um SANTANA.
Durante a viagem fomos parar em Resende-RJ, pois o Danilo queria pegar umas coisas na casa da avó no Bairro Manejo.
Na cidade de Resende decidi parar para almoçar com meu filho.
Conversa gostosa e alegre.
Após o almoço decidi não acompanhá-lo até Campinas e pedi que me levasse até a obra da casa que estava fazendo, que era no morro onde se situava a antiga Torre de Rádio, no bairro Novo Surubi.
Ele insistiu para que fossemos juntos. Disse Eu, que estava muito feliz, que iria  aproveitar para construir uma parede na obra com minhas próprias mãos.
Entreguei o carro para ele dirigir e ir até a casa da avó no MANEJO e que ele de lá poderia seguir sozinho para Campinas-SP.
Passados cerca de 50 minutos, surgiu na obra no Surubi um carro da polícia.
Parei o que estava fazendo e fui atender.
Vi que meu filho Danilo estava dentro do carro.
Me aproximei, ele desceu, veio em minha direção e estava nervoso.
Foi logo me dizendo que havia acontecido um acidente.
Minhas primeiras palavras foram: VOCE ESTA MACHUCADO? Respondeu: NÃO.
VOCE MACHUCOU ALGUEM? Respondeu: NÃO.
Então o que aconteceu?
Pai bati com o carro e acho que deu perda total!
Ao voltar da casa de minha avó, já indo para CAMPINAS, fui em uma curva antes da ponte, tentar desamarrar, soltar, o cadarço do tênis que estava preso no acelerador e ao me abaixar bati em um FUSCA VERDE que estava parado, estacionado, o carro subiu a calçada e entrou em uma FARMÁCIA quebrando toda a vitrine.
ENTÃO Eu DISSE A ELE! Foram só prejuízos materiais, vamos lá para preparar a devida reparação dos danos. IMPORTANTE E QUE NÂO HOUVE PERDAS DE VIDAS HUMANAS OU LESÕES EM PESSOAS.
Os policiais ficaram satisfeitos com o desenrolar daquela conversa de pai para filho.
Os policiais se ofereceram e nos levaram até o local onde estavam os carros (o SANTANA e o FUSCA) já com um bom número de curiosos.
Em lá chegando examinei o local, os carros, a farmácia com MUITA CALMA E ALEGRIA.
ISTO CAUSOU UM ESPANTO NAS PESSOAS QUE ACHARAM QUE EU ESTAVA "DOIDO", POIS EM NENHUM MOMENTO LAMENTEI O OCORRIDO.
Acontece que logo ao chegar e verificar o estrago no SANTANA percebi que a lateral dianteira do parabrisa havia de partido, dobrado e atravessado o BANCO DO CARONA onde Eu estaria sentado se estivesse VIAJANDO COM MEU FILHO.
A peça de lataria estava posicionada como se transpasse o CORAÇÃO de uma pessoa que porventura ali estivesse sentada.
Agora todos do local, ao ouvirem estas minhas palavras puderam entender MINHA ALEGRIA.
Falei com o dono do FUSCA e garanti 100% do reparo de seu carro. Isto aconteceu de imediato. Chamei um guincho e mandei rebocar o fusca para a oficina de confiança dele. Em cerca de 15 dias o FUSCA VERDE estava novo revisado MOTOR, SUSPENSÃO e LATARIA, foi entregue ao dono que saiu rodando feliz com seu carro reparado. Não chegou a ser uma situação difícil como a do atual quadro do LATA VELHA do apresentador LUCIANO HULK, mas foi parecido.
Falei com o dono da FARMÀCIA que me agradeceu disse que era só fazer um BOLETIM DE OCORRÊNCIA que o SEGURO faria o pagamento e que os remédios da vitrina não foram prejudicados, pois a maioria era somente de caixas vazias, pois não deixava remédios expostos ao sol. Em cerca de 48 horas a FARMÁCIA estava em plena operação DOBRANDO O NÚMERO DE CLIENTES NA SEMANA pela ida de pessoas que queriam VER o que foi relatado nos jornais da época.
Agradeci a presteza e atenção dos policiais que levaram meu filho para a casa da avó e depois seguiu destino para CAMPINAS. 
 Hoje ele esta cursando a ECEME na Praia Vermelha. É Major de Cavalaria e tem uma família casado com a ADRIANA e com minha neta YASMIN que já fez 3 anos em set 2012.
O carro SANTANA que minha mãe e meus irmãos me deram serviu de peças de sucata sendo vendido a quilo. Consegui empréstimo na POUPEX e paguei o conserto total do FUSCA e realizei todos os procedimentos no DETRAN para dar baixa em um veiculo com perda total.  NÂO TINHA FEITO SEGURO DO CARRO.
Em nenhum momento fui cobrado pela minha mãe ou meus irmãos sobre a colisão do SANTANA VERMELHO.
Hoje sou um feliz dono de um DUSTAR DINAMIQUE 2.0 verde amazonas ano 2012/2013.
Assim termino esta citação, contando aos parentes e amigos um dos vários episódios que ocorreram em minha vida que esta marcada por fatos e pessoas que guardo em meu coração como o meu Chefe Cel Hamilton Lima da Rocha Callado, oficial de Infantaria com o qual tive a felicidade de servir como subordinado, no BATALHÃO DE MANUTENÇÂO DE ARMAMENTO, em Deodoro, Rio, RJ, e de quem minha alma o considera como irmão.
Um excelente dia para todos com uma mensagem especial para minha esposa ELIETE e para os meus filhos Danilo, Rafael, Barbara, Daniel e Felipe Haniel.

NÃO DESISTAM DAS PESSOAS!

Vale a pena fazer o BEM SEM OLHAR A QUEM.
Na vida tudo e questão de fazer e compreender e não se reconstrói durante a tempestade.
Claudir.

sábado, 27 de outubro de 2012

Expedição General Belarmino Mendonça



Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 14 de setembro de 2012.  
Quando surge um problema, você tem duas alternativas - ou fica se lamentando, ou procura uma solução. Nunca devemos esmorecer diante das dificuldades. Os fracos se intimidam. Os fortes abrem as portas e acendem as luzes. (Dalai Lama)  
Em mais de uma oportunidade o Coronel de Engenharia Lauro Augusto Andrade Pastor Almeida havia-me perguntado por que eu ainda não resolvera descer os 2.975 km do Rio Juruá. Meu destino e minha meta é, sem dúvida, percorrer todos os grandes afluentes da magnífica Bacia do Rio-mar, mas somente aqueles que têm conhecimento da série de obstáculos que tenho enfrentado para realizar minhas quatro jornadas pelos amazônicos caudais, desde a Descida do Solimões, podem compreender minha relutância neste caso.  
Quando apresentei, nos idos de 2008, minha proposta para descer o Rio-mar (Solimões/Amazonas) ao Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), onde sou professor, o Comando, o Corpo Docente e Discente me apoiaram e elaboramos entusiasmados as diretrizes que norteariam este grande projeto multidisciplinar e interdisciplinar com uma face pedagógica bastante definida de total interesse não só para alunos e professores do CMPA, mas para a sociedade brasileira, que discutia e discute seriamente as questões ambientais, indígena e desenvolvimento sustentável da nossa floresta. Cada disciplina apresentou entusiasmada seus objetivos gerais e específicos, o procedimento que eu, como pesquisador, deveria seguir para colher as informações que atendessem plenamente as metas propostas e como estes conteúdos seriam trabalhados em sala pelos alunos do Colégio Militar de Porto Alegre.  
Eu pretendia partir de Tabatinga, AM, percorrer todo o Solimões e o Amazonas de caiaque, e chegar a Belém, PA, em quatro meses depois de percorrer aproximadamente 3.300 km. Na época, as Organizações Militares as quais o Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), está diretamente subordinado, determinaram que eu refizesse meu planejamento e o limitasse ao período das férias escolares. Reprogramei a descida para dois meses com o objetivo de percorrer todo o Rio Solimões nos meses de dezembro e janeiro (Tabatinga/Manaus).  
Novamente, minhas expectativas foram frustradas, o escalão superior entendeu que o projeto devesse ser executado apenas durante o mês de férias (janeiro) a que eu tinha direito. Parti em busca de uma alternativa, não tinha nenhum sentido concluir a jornada em Tefé percorrendo apenas metade do Solimões. A solução, finalmente encontrada, com o apoio irrestrito do Comandante do CMPA, meu caro amigo Coronel Paulo Contieri, foi a de pedir rescisão do contrato com o Colégio nos meses de dezembro e janeiro e tentar a recontratação a partir de fevereiro de 2009. Eu sabia que o adicional de salário que percebia como professor do Colégio Militar iria fazer muita falta. As despesas com minha esposa inválida com enfermagem e produtos farmacêuticos eram muito altas, as perspectivas eram extremamente desfavoráveis, mas eu já não podia, absolutamente, recuar.  
Foi neste triste momento de desencanto e desânimo que recebi um e-mail de meu velho amigo, General Joaquim Silva e Luna, hoje Chefe do Estado Maior do Exército, no qual ele me incitava com seu lema predileto: “Prossiga na Missão!”. O velho camarada, parceiro de tantos desafios enfrentados na BR 174 (Manaus, AM / Boa Vista, RR), no início da década de 80, me animou com sua lacônica mensagem. Mesmo enfrentando a falta de apoio por parte da Força Terrestre e de patrocínios institucionais consegui, finalmente, cumprir a Missão antes do prazo previsto e com todas as metas alcançadas.  
Vento Xucro  
(Jayme Caetano Braun)  
Vento xucro do meu Pago
Que nos Andes te originas
Quando escuto nas campinas
O teu bárbaro assobio,
E sinto o golpe bravio
Do teu guascaço selvagem
Eu te bendigo a passagem,
Velho tropeiro do frio. (...)  
Fiz questão de fazer esse pequeno preâmbulo para revelar alegremente que, hoje, novos e salutares ventos permeiam pelos corredores e gabinetes das Organizações Militares que tratam efetivamente dos assuntos afetos ao Ensino e a Cultura de nosso Exército. O “Vento xucro do meu Pago” rompeu as fronteiras Rio-grandenses e resolveu arejar as instituições de ensino da Força Terrestre mostrando a todos que apenas “Remexendo a cinza quente da nossa História distante” podemos crescer como Nação e para isso temos de nos valer dos pesquisadores. Nosso projeto, finalmente, está sendo tratado como uma pesquisa de interesse da Força Terrestre e, por isso mesmo, minha contratação passou de “Professor”, para “Pesquisador”.  
Graças ao apoio irrestrito do Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, do Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEX), General de Exército Ueliton José Montezano Vaz e do seu Vice Chefe, General de Divisão Antonio Hamilton Martins Mourão, companheiro de Turma (Tu/1975) da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), e do Coronel de Cavalaria Francis de Oliveira Gonçalves, Comandante CMPA vamos contar, desta feita com o apoio oficial de todas as Organizações Militares da Bacia do Juruá/Solimões.  
O Diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), autarquia federal vinculada ao Ministério dos Transportes, General de Divisão Jorge Ernesto Pinto Fraxe (Tu AMAN/1975) nos incumbiu de atualizar seus Mapas Multimodais prenhes de incorreções além de outras missões afetas a um Reconhecimento de Engenharia. O General Villas Bôas montou uma verdadeira Operação Militar como podemos constatar na Ordem de Serviço abaixo, onde estão atribuídas as responsabilidades pelo apoio em cada fase da missão.

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO MILITAR DA AMAZÔNIA
(Comando de Elementos de Fronteira - 1948)  
ORDEM DE SERVIÇO n° 012 - E3.IM/CMA, de 1° de agosto de 2012  
EXPEDIÇÃO GENERAL BELARMINO MENDONÇA  

1. FINALIDADE  
- Regular as atividades a serem desenvolvidas por ocasião da Expedição General BELARMINO MENDONÇA, destinada a realizar um reconhecimento do Rio JURUÁ, com foco nos aspectos de interesse geográfico e histórico da região.  
2. REFERÊNCIAS  
- Diretrizes do Cmdo CMA.  
3. OBJETIVOS 
a. Obter dados atualizados sobre o Rio JURUÁ.  
b. Atualizar e corrigir informações que constam em cartas e mapas.  
c. Realizar uma reconstituição dos principais fatos históricos que marcaram a região.  
d. Reportar, em livro, as experiências e levantamentos realizados durante a expedição.  
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
a. A Expedição General BELARMINO MENDONÇA realizará um reconhecimento, no período de 1° DEZ 12 a 31 DEZ 13, ao longo do Rio JURUÁ e de alguns de seus afluentes, para atualização de dados, informações e levantamentos de área.  
b. A Expedição terá a participação de uma equipe, composta pelo Cel Eng R1 HIRAM REIS E SILVA (Chefe) - do CMPA , pelo Cel Inf R1 IVAN CARLOS GINDRI ANGONESE (no trecho FOZ DO BREU – CRUZEIRO DO SUL) – do CMPA, e pelos Sd MÁRIO ELDER GUIMARÃES MARINHO e MARÇAL WASHINGTON BARBOSA SANTOS - ambos do 8° BECnst, sob a coordenação do Cmdo CMA.  
c. Os trabalhos da equipe visarão atualizar e corrigir informações de cartas e mapas, corrigir nomenclatura de acidentes naturais, levantar necessidades de aeródromos e portos hidroviários, verificar as condições de navegabilidade da hidrovia no período considerado e ao longo do ano e levantar as necessidades dos Distritos e Municípios quanto à saúde, segurança e educação. 
d. Durante o percurso, será realizado um estudo sobre os principais eventos históricos que marcaram a região, particularmente aqueles que tiveram a participação de militares. 
e. Ao final da expedição, será apresentado um livro com registros das experiências e dos levantamentos realizados no período, editado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 
f.  O Cmdo CMA apoiará a equipe, por intermédio das OM, quando esta estiver em suas respectivas áreas de responsabilidade, a fim de facilitar o atingimento dos objetivos propostos. 
g. O acompanhamento do desenrolar da missão será executado por intermédio do Centro de Operações, em coordenação com a 3ª Seção CMA e com o Assessor de História do Cmdo CMA. 
h.  Os períodos previstos para desenvolver as atividades são:
PERÍODO
OM Apoiadora
1° DEZ 12 a 12 FEV 13 61° BIS
13 FEV a 24 ABR 13 Cmdo 16ª Bda Inf Sl
25 ABR a 31 DEZ CMPA
i. Os municípios a serem percorridos são: no Estado do ACRE, FOZ DO BREU, NATAL, ACURIÁ NOVA, MARECHAL THAUMATURGO, TRIUNFO, SANTA FÉ, PORTO WALTER, RODRIGUES ALVES e CRUZEIRO DO SUL; e no Estado do AMAZONAS, IPIXUNA, EIRUNEPÉ, ITAMARATI, CARAUARI, JURUÁ, TAMANIQUÁ, TEFÉ (FLU NOVO HORIZONTE, FLU CAUAÇU), CAIAMBÉ, SANTA SOFIA, SÃO FRANCISCO, COARI, CAMARÁ, CODAJÁS, ANORI, ANAMÃ, MANACAPURU, IRANDUBA e MANAUS.  
5. EXECUÇÃO 
a. Período 
- 1° DEZ 12 a 31 DEZ 13. (...)  
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .  
Agradeço emocionado ao apoio de todos que sempre nos incentivaram e acreditaram no nosso trabalho prometendo, mais uma vez, não desapontá-los reportando a rica narrativa das plagas acreanas e a saga de sua gente audaciosa e guerreira liderada por grandes e eternos ícones de nossa pujante história.  
- Livro do Autor  
O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) – Colégio Militar de Porto Alegre. Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:  
Solicito publicação: Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB - RS); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a Sua fidelidade. Lm. 3: 22-23.

Voo Pimentel em Goiânia - 26102012

sábado, 13 de outubro de 2012

ESQUADRÃO EM FORMA!!!





Ora deletem  João Maria, Conselheiro,  José Maria ou Rasputin
Rememorando  belo  verso... doce esperança palpita em mim
Reinterpretado no desabafo febril  de  certo  profeta  Albany
Na juventude assim aclamado o pensador alencarino Salvany

Monges, beatos, seres  extravagantes que a História recorda
A entreter  a razão para iludir multidões,  comboios de corda
Inebriados em  mensagens infladas, de adivinhos desatinados
Irrompidos desde a Sibéria, Canudos e terras do Contestado

Longe de mim a comparação inoportuna, diria até infamante
A igualá-los a célebre propagador de temas  bem destoantes
Dos pilotados pelos  tresloucados  caciques pré-apocalípticos
Semeadores de discórdias, mixórdias plenas de cunho  místico

Meu personagem, senhor respeitável, é  bardo bem  requintado
Guerreiro, sensível, cultor de poemas, perenizou vibrante brado
A ressoar pelas vidas, corações  extasiados do Terceiro  Regimento
Ferro & Aço , Fogo & Balaço, a lhes propiciar extraordinário alento

Pesquisador erudito, faceiro transitaentre o Dr Freud, Jung  e Lacan
A conferir-lhe  autoridade invulgar e  celebrizar o alterego Damerran
Estudioso da  psique humana, que  traça teses sobre a traumatologia
Sociológica a corroer pensamentos de ex-Cadetes da ilustre Academia

Traumas todos carregamos,  sejam  a SIEsp, o C Bas., a Rondon ou o Des Tec
Variados  somados aos caprichos civis, do Aviso, do CM, EPCAr  ou da Prep
Melhor não tê-los de surtidas ao Bambuzinho, à Barra Mansa ou a Cruzeiro
E de inofensivos passeios ao Manejo, Penedo ou à  legendária  O. Botelho

Inspirado após mensagem do  eminente Coquinho, arrenegando sutil  ostracismo
Percebi o quanto fenece a razão, ante a emoção  controlar as rédeas do destino
Vivificando  imagens  queridas, juvenis  centauros de eterno, brilhante Esquadrão:
Paca, Chulab, Trein, Júlio, Zega, Loura, Micelli, Dabés, Zico, Marsillac, Banda e Frazão.

Os demais citaria, assim a  complementar a listagem do CCav nos 40 Anos! Presentes!
Embora  circunstâncias difusas, algumas definitivas, ninguém reclamará  estar ausente
Pois representados serão na senda invejável da Arma Ligeira, de fraternal fidalguia
Dia a dia ilustrada na convivência sem par da singular, estimada  e  gloriosa Cavalaria

Insuperável Amigo, Xamã do Meireles, a ti rogo pouca coisa, apenas o seguinte:
Seja em beiçudo, de avião, pé na estrada, de carro, num Ita, asa delta ou pedinte.
Transporte-se, azimute AMAN, para lá curtir a honra que eleva, honra e consola.
Manhã de sábado, 15 Dez, gritando a plenos pulmões: ESQUADRÃO EM FORMA!!!

Rio, 12 de outubro de 2012.
Cad Cav 1039/ 72, Nilo. PRESENTE!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Melhor Profissão do Mundo

Roberto Silva Mascarenhas de Moraes (*)
No dia 20/12/1962, o Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes compareceu à Academia Militar das Agulhas Negras, para entregar a espada de Oficial do Exército Brasileiro, a mim, seu neto. Após a solenidade, na viagem para o Rio de Janeiro, ele me disse:
– Você escolheu a melhor profissão do mundo.
    Eu perguntei: – Por quê?
– Porque o militar das Forças Armadas não tem patrão. O seu patrão é o Brasil. Desta forma, nunca ninguém vai lhe mandar passar no caixa, para acertar as contas. Por isto, você não precisa temer em expressar suas opiniões a seus chefes. Faça-o sempre com lealdade, mesmo que sua opinião seja contrária à do seu chefe. Às vezes, uma opinião que contraria a do chefe vai possibilitar a melhor decisão. Vou lhe contar um fato que ilustra muito bem esta verdade.
No retorno ao Rio de Janeiro, durante a viagem, ele me contou uma bela história.
Getúlio Vargas, aluno da Escola Preparatória do Rio Pardo, seu colega de turma, após uma punição disciplinar: “Carregar um saco de areia nas costas durante cem metros”, normal à época, irrita-se com o tenente e acaba se desligando da Escola Preparatória do Rio Pardo.
Cerca de vinte anos mais tarde, Getúlio era o presidente e ditador. O tenente era coronel. Getúlio, em conversa com o ministro da Guerra, à época, relata o fato ocorrido, quando cadete da Escola Preparatória do Rio Pardo e pergunta:
– Ele era tenente, hoje deve ser coronel.

O ministro verifica e diz:
– É o coronel Fulano.
Getúlio pergunta:
– Onde ele está servindo?
O ministro responde:
– Em Porto Alegre.
Getúlio manda transferi-lo para Manaus. Passado algum tempo, Getúlio pergunta ao ministro da Guerra:
– O coronel já está em Manaus?
O ministro responde que sim. Getúlio determina que o coronel seja transferido para Mato Grosso. Passado algum tempo, Getúlio manda transferir o coronel para o Rio de Janeiro e determina que coronel se apresente a ele.
O coronel se apresenta a Getúlio e o presidente diz ao coronel:
– O senhor se lembra de mim?
O coronel responde:
– Não, senhor.
Getúlio diz:
– Eu sou aquele cadete que acabou saindo da Escola Preparatória do Rio Pardo, tendo em vista o castigo físico que o senhor me impôs.
– Presidente, eu apenas apliquei o regulamento.
Getúlio diz:
– Eu mandei transferi-lo para o norte, oeste e leste, para mostrar que hoje eu tenho mais poder sobre o senhor, do que o senhor tinha sobre mim naquela época. Mas não vou mais incomodá-lo. O senhor vai escolher um lugar para servir e eu vou mandar classificá-lo lá.
Ao que o coronel responde:
– Não, presidente. O senhor determina e eu vou se quiser. Tenho 30 anos de serviço e posso pedir transferência para a reserva. Sou empregado do Brasil e não do senhor, presidente.
Getúlio responde:
– Muito bem. Então o senhor vai ser Adido Militar em Paris.
O coronel responde:
Sim, senhor presidente.
Posteriormente Getúlio promoveu-o a general.
Esta história reflete muito bem a personalidade de Getúlio. Sabia reconhecer os valores.

(in: “Causos”, Crônicas e Outras... volume 10, páginas 233 e 234, Rio de Janeiro, CASABEL 2011)