Às 7h35 da manhã de 02 de
junho de 2011 vivenciei um dos momentos mais emocionantes e inesquecíveis de
minha existência. Pela TV do hospital, ao vivo e em cores, assisti ao nascimento
do meu neto THEO. Quanta emoção! Seu choro espontâneo, primeiro sinal de vida,
desencadeou meu choro incontido, repleto de emoção e agradecimento a Deus por vê-lo
chegar perfeito e sadio. Se pudesse determinar seu futuro, gostaria de vê-lo
como cidadão cumpridor de seus deveres, profissional bem-sucedido, ser humano
de agradável convívio, pessoa de bem com a vida, enfim, um cara legal e...
torcedor do Corinthians!
Na primeira oportunidade, vibrando,
informei meus amigos sobre seu nascimento. E autorizei-os a avisar IBGE, IBOPE,
Andrés Sanchez e demais interessados... Mas bem que poderia ter incluído GAVIÕES DA FIEL e Ronaldo, o “Fenômeno”, que o corinthiano THEO
chegava neste mundão de meu Deus, mandando recado para o bando de 25 milhões de
loucos: “Sou novo aqui!”. Como soe acontecer em se tratando de Corinthians, as
opiniões se dividiram. Eu não esperava outra coisa!
São Paulo, não o time, mas
minha cidade natal, se divide em dia de jogo do Timão. Metade sofre até o
último instante, esperando pelo gol salvador ou pelo apito do juiz que vai por fim à pressão adversária; e
metade torce contra e vibra com a nossa derrota ou desliga a televisão de raiva
para não assistir a nossa comemoração.
Mas como me tornei corinthiano?
Transcorria o ano da graça de
1954. Eu, nascido em 1949, tinha apenas 5 aninhos. No rádio – não tínhamos TV
em casa – só se falava no campeão do Quarto - Centenário da cidade de São
Paulo; O Sport Club Corinthians Paulista. E comecei a dizer que era corinthiano.
Meu pai são-paulino não-praticante respeitou a minha escolha. Resultado: virei “sofredor”.
Agüentei muita gozação na família, na escola, no serviço, na academia, no
quartel. Mas me mantive firme e fiel, já que se pode mudar de profissão, de
casa, de país, de partido político, até de nome, mas de time, ser um vira-casaca,
isso não... . Somente fui ver o meu Corinthians ser campeão de novo, já casado e pai de filha, em 1977, após 23 anos
de jejum.
Mas, de lá pra cá, nossa
desdita foi revertida!
Eis a razão pela qual a “Fiel”
se contenta com pouco! Vencer os rivais, em jogos badalados e decisivos,
completamente desacreditado, em estádio lotado de “inimigos”, com gol no último
minuto do jogo, ou nos pênaltis, mais na base da raça do que da técnica, é
maravilhoso, fantástico, extraordinário. Para nós, corinthianos, uma vitória
dessas vale mais do que mil Libertadores!!!
Quanto ao “SEMTERNADA”, canto
de guerra que as outras torcidas gritam por aí, alusão maldosa ao recém-transcorrido
CENTENÁRIO do Timão, os “deuses da bola” foram tão generosos conosco que, para
iludi-los e contornar a urucubaca deles, decretaram, secretamente, que essa
efeméride, por sua importância, merecia ser comemorada um anos antes! E assim
foi. Em 2009, após purgar e ganhar na Série B, conquistamos o Campeonato Paulista
em cima do todo poderoso Santos, em pleno alçapão da Vila Belmiro, e a Copa do
Brasil sobre o Internacional no gigante da Beira-Rio, contrariando todos os
prognósticos dos entendidos e com o “gordo” arrebentando.
Acham isso pouca coisa? Esperem
só, quem viver, verá...
Com a inauguração do novo centro
de treinamento e a construção do ITAQUERÃO, o Corinthians vai ter uma estrutura
que o credenciará, nos próximos anos, a ser o Barcelona dos trópicos. Portanto,
rivais, acautelem-se... Aproveitei agora, ganhem tudo o que puderem, pois, em
futuro próximo, vocês vão disputar o vice-campeonato...
É isso aí, meu! Meu neto não
vai precisar sofrer o que sofri. Para
ele, na vida como no futebol, vai ter só alegria. Isso posto, eu afirmo,
garanto e assino em baixo: LULA não é o cara; OBAMA, tampouco; ROMÁRIO já foi;
RONALDO, “já era”. THEO, meu neto, este sim é o cara e, ao torcer pelo time do
vovô, ele será um cara muito feliz!
Leandro
Acacio Esvael do Carmo, avô do Theo, ambos corinthianos desde criancinha.
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