Caríssimo e Prezado Pimpa

Nesta data de profundo significado histórico, a provocar-me
recolhimento e meditação no meu aconchegante cafofo atijolado do Alto
Babilônia, fui de súbito tomado por irrefreável estado de inspiração
artística. Sem identificar-lhe até este momento o motivo, permito-me
suspeitar de eflúvios advindos da Mama África, seus atabaques e tambores
para mim ancestrais.
Do misterioso transe autoral surgiu a composição a que nomeei Hino da
Irmandade 72; trata-se, na verdade, de apropriação assumida de música
tema dos aviadores brasileiros (A Esquadrilha), a que adaptei letra
homenageando a gloriosa Tu MMM.
Sugiro exaustivos ensaios pessoais dos confrades da Seção Rio de
Janeiro da Turma para que na próxima reunião, em junho, possamos
entoá-lo de público, em uníssono. Sugiro, outrossim, que doravante os
atos de abertura e de encerramento da assembleias no CMPV sejam
abrilhantados com o canto da composição em apreço.
Friso que estou a submeter o assunto a apreciação desse estimado
condutor dos destinos da Turma, para deliberação e aprovação do Hino e
das circunstâncias a ele relacionadas.
Saudações reverenciais. Dom Obá III, hoje em especial usufruto de sua cota anual de reflexão existencial.
HINO DA IRMANDADE 72
A Irmandade é um punhado de amigos
A vibrar, a vibrar de emoção
Não tememos das ruas o perigo
Nem do trânsito infernal confusão
A cada mês esquecemos o siso
Bandeirantes audazes do riso
Ao Baluarte acorremos aflitos
Pra conversar e rever os amigos
Contato, companheiros
Ao Círculo, sobranceiros
Lancemos o bradar
Da Turma, a zoar.
Bis
Não importa distância e espaço
E mil propostas pra escapulir
Combatentes do ferro e balaço
Não nos faz o porvir desistir
Suplicamos as benesses da sorte
Pra que a vida permita alongar
Ao infinito essa chama sem corte
Da amizade da Turma sem par
Contato, companheiros
Ao Círculo, sobranceiros
Lancemos o bradar
Da Turma, a zoar.
Bis.
Rio, 13 de maio de 2012. Nilo
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